A AVE-MARIA
Muito agrada à Santíssima
Virgem a saudação angélica
Por ela lhe renovamos a
alegria que sentiu, quando S. Gabriel lhe anunciou que fora eleita para Mãe de
Deus. Nessa intenção devemos saudá-la muitas vezes com a Ave-Maria. Saudai-a
com a Ave-Maria, diz Tomás de Kempis, porque ela gosta muito dessa saudação.
Que não lhe podemos dirigir saudação mais agradável, do que com a Ave-Maria,
disse-o a Virgem a S. Matilde. Por ela será também saudado todo aquele que a
saúda. S. Bernardo, certa ocasião, ouviu de uma estátua da Senhora as palavras:
Eu te saúdo, Bernardo! Ora, a saudação de Maria consiste sempre em alguma nova
graça, diz Conrado de Saxônia. Pergunta Ricardo: É possível que Maria recuse
mais uma graça a quem dela se aproxima e lhe diz: Ave, Maria? A S. Gertrudes
prometeu a Mãe de Deus tantos auxílios na hora da morte, quantas Ave-Marias lhe
houvesse recitado em vida. Alano de Rupe afirma que, ao ouvir essa saudação
angélica, alegra-se o céu, treme o inferno e foge o demônio. Com efeito,
atesta-o Tomás de Kempis, pois com uma Ave-Maria pôs em fuga o demônio que lhe
aparecera.
O ROSÁRIO:
Observação: S. Afonso diz:
"A devoção do Santo Rosário, como se sabe, foi revelada a S. Domingos pela
divina Mãe, quando estando o Santo aflito e queixando-se a sua Senhora dos
hereges albigenses, que naquele tempo causavam grande dano à Igreja, a Virgem lhe
disse: Este terreno há de ser estéril até que nele caia a chuva. Entendeu então
S. Domingo que essa chuva era a devoção do Rosário, que ele devia
publicar". - Esse conceito do Santo autor mostra o que se tinha por certo
sobre o Rosário, a partir dos meados do século XV. Hoje as pesquisas históricas
não repetem esse conceito. Entretanto, piamente continua o Rosário ligado a S.
Domingos, e seus filhos tornaram-se os apóstolos dessa devoção no mundo
inteiro. Em 1470 Alano de Rupe fundou a primeira confraria do Rosário. A atual
maneira de rezá-lo fixou-se no século XVI. A partir do ano 1726 proibiu Bento
XIII qualquer mudança nessa forma de recitação (Nota do tradutor).
Atualmente não há devoção
mais praticada pelos fiéis de toda classe, do que esta do santo Rosário. Os
hereges modernos como Calvino, Bucero e outros, que não têm dito para
desacreditá-lo? Mas é assaz notório o bem que trouxe ao mundo esta augusta
devoção. Quantos por meio dela, têm sido livres dos pecados! Quantos conduzidos
a uma vida santa! Quantos, depois de uma boa morte, foram por ela salvos!
Podemos ler a esse respeito uma quantidade de livros. Para nós basta dizer que
esta devoção foi aprovada pela Santa Igreja, e enriquecida pelos Sumos
Pontífices com muitas indulgências. Para lucrar as indulgências dos
Dominicanos, unidas à recitação do Rosário, é necessário ir meditando nos
mistérios que o compõem. Os livros referentes ao assunto dão as necessárias e
cabais explicações para o caso.
É preciso recitar o terço
com devoção, sem esquecer o que a S. Virgem disse a S. Eulália. Cinco dezenas,
disse-lhe a Senhora, recitadas com pausa e devoção, me são mais agradáveis do
que quinze, ditas às pressas e com menor devoção. Por isso, é bom recitá-lo de
joelhos, diante de uma imagem da Virgem, e fazer no princípio de cada dezena um
ato de amor a Jesus e a Maria, pedindo-lhes alguma graça. Note-se também que é
melhor recitar o Rosário em comum do que só.
A) -
Quem recita o terço ganha: 1) cada vez 5 anos de indulgência (Sixto IV); 2) se
se rezar em comum, indulgência de 10 anos; 3) indulgência plenária, no último
domingo do mês, se se rezar ao menos 3 vezes cada semana. Condições: Confissão
e comunhão e oração segundo a intenção do Papa (Bento XII).
B) -
Se o terço tiver indulgências dos Crucíferos, ganham-se 500 dias em cada
Pai-Nosso e Ave-Maria, ainda que se o não reze todo, mas alguns Pai-Nossos e
Ave-Marias, à vontade.
C)
-
Os associados da confraria do Rosário lucram mais indulgências em certas
ocasiões como vem especialmente nos manuais da confraria. - (Nota do tradutor).
Fonte: Livro Glórias de
Maria - Santo Afonso de Ligório - Editora Santuário
Fonte:
http://milagresdorosario.blogspot.com.br/
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