segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Deveres da Santa Escravidão – Por São Cura d’Ars




Salve Maria Puríssima!

Neste texto São Cura d’Ars fala sobre o uso das correntes.

A devoção da Santa Escravidão à Virgem Santíssima outra coisa não é que uma obrigação de amor e um santo contrato com a Mãe de Jesus, pelo qual alguém se consagra a seu serviço, proclamando-a Senhora de seu coração, cedendo-lhe o direito que tem sobre suas próprias boas, dedicando-se inteiramente a Ela, e fazendo-lhe uma Consagração total de si mesmo.
Esta Mãe de misericórdia por sua parte obriga-se a ser para os seus escravos tudo o que uma senhora boa é para seus servos, alcançando-lhes todas as graças necessárias para, um dia poderem ir-lhe fazer companhia no céu.
E, como outrora os escravos traziam sobre si um sinal por que se conheciam os seus donos, os escravos de Maria Santíssima mandam benzer uma pequena corrente de prata, ou de qualquer outro metal, para trazê-la a vida inteira, como um sinal exterior da sua dependência a Maria.
“Escutai – diz o Espírito Santo no Eclesiástico, onde tudo o que é dito sobre a sabedoria é aplicado a Maria pelos Santos Padres – escutai, meu filho, o sábio conselho que quero dar-vos; não deixeis de estimá-lo: ‘metei os seus ferros aos pés, seu colar ao pescoço, e não vos recuseis a carregar as suas correntes”[1].


Além disso, do mesmo modo que os escravos devem a seus senhores um tributo, “assim os escravos de Maria lhe devem um duplo: o primeiro é pago quando entram na confraria tomando as correntes”. Este tributo será a devoção de cada um: recitar o ofício, o rosário, dar esmola, ou fazer uma penitência, oferecer a Nossa Senhora uma vela no seu altar, ou mandar celebrar uma Santa Missa, etc.
O segundo tributo consiste em qualquer oraçãozinha conforme a devoção de cada um; por exemplo: a coroa[2] de Maria Santíssima em honra dos seus doze privilégios, a qual consta de três Pai-Nossos e doze Ave-Marias: o que se chama o terço da Santa Escravidão.
Esta oração é muito agradável a Maria Santíssima e autorizada por muitos milagres e indulgenciada pelos soberanos Pontífices.
Além disso, é tão curta e fácil, que se pode recitar em poucos minutos e em qualquer tempo e lugar.
Convém notar que tudo isso não obriga sob pena de pecado; como diz São Francisco de Sales: os estatutos e as práticas das confrarias são de conselho e não de preceito.

Fonte: “O segredo da Verdadeira Devoção para com a Santíssima Virgem” – Pe. Júlio Maria de Lombaerde, S.D.N.





[1] Eclesiástico 6, 24 – 25.
[2] T.V.D n° 289 – 294 na tradução das Vozes.

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