Qual é a verdadeira identidade de um padre e de um bispo? O que define um bom e um mau sacerdote? Padre Paulo Ricardo responde essas e outras perguntas em mais um episódio do programa Parresía.
sábado, 31 de dezembro de 2011
O Rosário
Por que é que a Virgem Maria em suas aparições pede insistentemente aos fiéis que rezem o rosário? Qual a importância desta oração? Assista o Parresía de hoje para descobrir.
Ama a Virgem Maria
São José Maria Escrivá
Padre, podia-nos dizer, agora mais do que nunca, qual deve ser a nossa autêntica devoção filial à Virgem Maria, a nossa relação sacerdotal para com Ela, para mantermos fidelidade ao nosso sacerdócio?
O que é o Santo Rosário?
"O Rosário, meu filho, é uma oração que agrada muito a Maria Santíssima, a Nossa Senhora". São palavras de São Josemaria Escrivá a um rapaz que lhe perguntou o significado do Terço.
Padre, o que representa o Terço para um cristão? E como aproveitá-lo melhor?
O Rosário, meu filho, é uma oração que agrada muito a Maria Santíssima, a Nossa Senhora, que está enraizada na vida dos católicos desde há muitos séculos, e, ao mesmo tempo, é uma meditação de todos os mistérios, ou de muitos, da vida de Nosso Senhor e da sua Mãe. É por isso que o recomendo com todo o meu coração. É essa a oração que podem rezar todas as famílias.
Não obrigueis, no entanto, os vossos filhos a rezar o Terço. A mãe pega num deles aparte e reza com ele três Ave Marias, e chega. Não obrigueis os filhos mais velhos a rezar o Terço. Se quiserem vir com os outros, que venham, e se não, mais tarde virão.
Estais de acordo? Tudo tem de ser de livre vontade.
Quando estive em Portugal, fui visitar uma amiga minha que muito prezo. E foi ela que tem a "culpa" de que em Portugal o Opus Dei esteja a trabalhar há tantos anos.
É a única vidente que ainda vive...
A mim não me venham com visões, Está certo? Vida normal! Vida normal, mas vida contemplativa, quero-a para vós. É a Irmã Lúcia. E dava alegria ouvi-la falar do Terço.
Não dizia nada de novo.
Queria encher-nos o carro com folhetos de propaganda da recitação do Terço.
Ri muito, porque a estimo muito, e tenho convivência com ela desde há muitos anos.
Conto este episódio para vos recordar que Santa Maria, em muitos sítios, procura acender focos de amor onde se rezar o Terço.
Rezai-o nas vossas casas, que também são focos de amor, de amor humano, nobre, santo, que eu abençoo com o amor dos meus pais! Amai-vos, os que sois casados!
E com amor divino, com devoção à Virgem Maria que nos conduz ao seu Filho.
Papa Pio XI acerca da educação Cristã da juventude.
" ... É portanto da máxima importância não errar na educação, como não errar na direção para o fim último com o qual está conexa íntima e necessariamente toda a obra da educação. Na verdade, consistindo a educação essencialmente na formação do homem como ele deve ser e portar-se, nesta vida terrena, em ordem a alcançar o fim sublime para que foi criado, é claro que, assim como não se pode dar verdadeira educação sem que esta seja ordenada para o fim último, assim na ordem actual da Providencia, isto é, depois que Deus se nos revelou no Seu Filho Unigênito que é o único «caminho, verdade e vida», não pode dar-se educação adequada e perfeita senão a cristã.
Daqui ressalta, com evidência, a importância suprema da educação cristã, não só para cada um dos indivíduos, mas também para as famílias e para toda a sociedade humana, visto que a perfeição desta, resulta necessariamente da perfeição dos elementos que a compõem.
Dos princípios indicados aparece, de modo semelhante, clara e manifesta, a excelência (que bem pode dizer-se insuperável) da obra da educação cristã, como aquela que tem em vista, em última análise, assegurar o Sumo Bem, Deus, às almas dos educandos, e a máxima felicidade possível, neste mundo, à sociedade humana. E isto no modo mais eficaz que é possível ao homem, isto é, cooperando com Deus para o aperfeiçoamento dos indivíduos e da sociedade, enquanto a educação imprime nos espíritos a primeira, a mais poderosa e duradoura direção na vida, segundo a sentença muito conhecida do Sábio: «o jovem mesmo ao envelhecer, não se afastará do caminho trilhado na sua juventude». Por isso, com razão, dizia S. João Crisóstomo: «Que há de mais sublime do que governar os espíritos e formar os costumes dos jovens?».
Mas não há palavras que nos revelem tão bem a grandeza, a beleza, a excelência sobrenatural da obra da educação cristã, como a sublime expressão de amor com a qual Nosso Senhor Jesus Cristo, identificando-se com os meninos, declara: «Todo aquele que receber em meu nome um destes pequeninos, a mim me recebe» .
Divini Illius Magistri - Papa Pio XVI
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Coroa de Orações de São Maximiliano Kolbe
Esta coroa é constituída de 15 contas e de uma medalha representando São Maximiliano Kolbe. Tem como objetivo pedir a potente intercessão deste mártir da caridade que foi proclamado pelo Papa João Paulo II como "patrono destes tempos difíceis" e "profeta da civilização do amor".
SÃO MAXIMILIANO MESMO AFIRMOU QUE AQUELES QUE ESTÃO NO CÉU, LIBERTADOS DAS PREOCUPAÇÕES E DOS EMPENHOS TERRENOS, PODEM TRABALHAR "COM AMBAS ÀS MÃOS" PELAS NECESSIDADES ESPECIAIS DAQUELES QUE O INVOCAM PARA SER AJUDADOS.
Como se reza
- Rezar na primeira conta depois da medalha de São Maximiliano Kolbe o Lembrai-vos: esta oração recorda o amor filial e a incondicional confiança que São Maximiliano teve pela Imaculada.
- Nas outras 14 contas, que representam a morte de São Maximiliano Kolbe, em 14 de agosto de 1941, rezar a oração da Medalha Milagrosa adaptada por ele mesmo.
- Depois de cada oração da medalha se invoca a intercessão de São Maximiliano, pela intenção particular ou pela pessoa que se deseja rezar.
1) Lembrai-vos:
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido a vossa proteção, implorado o vosso auxílio e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança a vós, Virgem das virgens, como a Mãe recorro, a vós me aproximo e, gemendo sob o peso dos meus pecados me prostro aos vossos pés; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus, mas antes as atendei e ouvi propícia. Amém. (São Bernardo)
2) Oração da Medalha Milagrosa:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos quantos não recorrem a vós, especialmente pelos inimigos da Santa Igreja e por todos quantos são a vós recomendados.
3) Intenção (particular)
4) Invocação São Maximiliano Kolbe, rogai por nós
Vida de Santa Luzia
Santa Luzia nasceu por volta do ano 280 d.C. em Siracusa, esplêndida cidade da Sicilia na Itália. O pai de Santa Luzia, que talvez se chamasse Lúcio, morreu quando ela era muito pequena, assim foi criada pela mãe Eutíquia da qual conheceu a verdade do cristianismo e a mensagem de amor de Jesus. Foi através da mãe Eutíquia que Santa Luzia conheceu as histórias dos primeiros cristãos, o martírio deles pelo amor de Jesus e, assim crescendo, Santa Luzia decidiu se consagrar, unindo-se a Jesus como uma esposa, com voto perpétuo de virgem.
Peregrinação e Milagre
Santa Luzia, preocupada com uma doença que vitimava sua mãe e staluzia19 se agravava dia a dia, uma hemorragia considerada incurável, sugeriu uma peregrinação ao sepulcro da mártir Santa Ágata em Catania. Santa Ágata fora vítima das perseguições a todos os cristãos ordenadas pelo imperador Décio no ano 251. Muitas pessoas iam ao seu sepulcro para obter as graças porque a fama da gloriosa Santa se espalhava por todos os lugares devido aos milagres que ela fazia. No coração de St. Luzia era certo que um milagre também aconteceria com sua querida mãe.
Eutiquia aceitou, cheia de esperança, o pedido de Santa Luzia e assim decidiram partir em peregrinação a fim de alcançar Catania, onde chegaram no dia da festa de Santa Ágata. Era o dia 5 de fevereiro de 301. Durante a celebração escutaram o Evangelho de Mateus sobre a mulher que sofria de hemorragia e foi curada por ter tocado o manto de Jesus.
Luzia, iluminada, propôs à sua mãe tocar o sepulcro de Santa Ágata, convencida da potente intercessão da Santa.
Enquanto Eutiquia tocava o sepulcro, Santa Ágata apareceu a Luzia em visão e lhe disse “Luzia, minha irmã, porque pedes a mim aquilo que tu mesma podes obter para tua mãe? Eis. Tua mãe já foi curada pela tua fé. E, como por meio de mim a cidade de Catania foi beatificada, assim também por meio de tu será salva a cidade de Siracusa”.
Santa Luzia disse a sua mãe: “Pela intercessão de Santa Ágata, Jesus te curou” e imediatamente Eutiquia sentiu retornar as forças e compreendeu que tinha sido curada.
Santa Luzia compreendeu que aquele era o momento justo para revelar a sua mãe a intenção de consagrar-se a Jesus e de doar seu rico dote nupcial aos pobres. Eutiquia, que tinha o coração repleto de agradecimento pela graça recebida, aceitou.
Denúncia e Prisão
O jovem que nutria a esperança de casar com Santa Luzia, tendo a notícia da obstinada recusa e do gesto em favor dos pobres, transformou o amor em ódio e denunciou-a perante o Governador Pascásio, de dois crimes: de não ter cumprido a palavra e de ser cristã. O imperador Diocleciano tinha emitido uma publicação que previa uma feroz repressão contra os cristãos.
A jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição.
Luzia respondeu: “Quem vive casta e santamente é templo do Espírito Santo. Sem a minha vontade, a virtude nada sofrerá. Podes, a força, pôr incenso nas minhas mãos para que o ofereça aos ídolos? De nada vale, porque Deus, que conhece os corações, não me julgará pelo o que fiz coagida. Mesmo que não possa resistir a força, minha virtude receberá dupla coroa.”
Conta a tradição que, embora Santa Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo.
Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida.
O Martírio
Pascasio furioso, a condenou à decapitação, morte reservada aos condenados nobres. Santa Luzia antes da execução previu a morte de Diocleciano, que aconteceu poucos anos depois, além do final das perseguições aos cristãos, terminadas no ano 313 d.C com publicação de Costantino.
Ao aproximar-se a hora por ela tão desejada, hora em que podia entregar sua bela alma ao Esposo celeste, ajoelhada em atitude de oração proferiu estas memoráveis palavras: " SENHOR, EIS QUE SUPLICO PAZ PARA A IGREJA DE CRISTO. DIOCLESIANO E MAXIMILIANO DECAIRÃO DO IMPÉRIO E COMO A CIDADE DE CATÂNIA VENERA A SANTA ÁGUEDA, TAMBÉM SEREI VENERADA POR GRAÇA DO SENHOR JESUS CRISTO, OBSERVANDO DE CORAÇÃO OS PRECEITOS DO SENHOR."
Ao cair martirizada seu corpo permaneceu em atitude de oração e o rosto voltado para o céu. Sua alma, partida do corpo virginal subia ao céu acompanhada de um cortejo de anjos para ocupar o trono que lhe estava preparado e receber a dúplice coroa tanto almejada da virgindade e do martírio. Santa Luzia foi morta no dia 13 de Dezembro de 304. Os cristãos de Siracusa logo após a morte de Santa Luzia elegeram sua padroeira e já no ano 310, seis anos após sua morte, no mesmo local onde se dera o martírio construíram um templo em sua honra. O corpo da virgem e mártir recolhido com reverência e piedade fora colocado num lugar sagrado, nas catacumbas onde dormiam os filhos da Cruz e os mártires do Senhor até que em 1040 o general grego Jorge Mariace apoderando-se da cidade de Siracusa requisitou o corpo da santa e o fez transportar para Constantinopla afim de doá-lo à imperatriz Teodora. Finalmente os cruzados venezianos após a conquista de 1204 levaram-no para Veneza onde ainda hoje se venera na igreja de São Jeremias sob o altar lateral e conservado numa preciosa urna de mármore.
Santa Luzia salvou muitas vezes Siracusa nos seus momentos mais dramáticos como carestias, terremotos e guerras. Ela interveio também em outras cidades como Brescia que, graças à sua intercessão, foi liberada de uma grave carestia.
Devoção
A devoção a S. Luzia se difundiu logo depois da sua morte e se transmitiu até os nossos tempos. O testemunho mais antigo é uma epígrafe marmorea em grego do século IV descoberta no ano 1894 nas catacumbas de Siracusa.
O Papa Gregório Magno inseriu Santa Luzia no cânone da missa romana. Algumas citações se encontram na Suma Teológica de São Tomás de Aquino. Entre os seus devotos encontramos Santa Catarina de Siena e São Leão Magno.
Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.
A crença popular narra, que à Santa foram tirados os olhos da orbita, por isso algumas iconografias figuram a Santa com uma bandeja na mão onde os olhos se encontram em cima. Santa Luzia é a protetora da vista. No Norte da Itália, na Checoslováquia e também na Áustria, se comemora Santa Luzia como portadora de dons para as crianças.
Epílogo
Santa Luzia lançou na história, com o seu martírio, o grito de amor em direção a Jesus.
O seu coração ardia como um fogo de amor divino e foi esta força enorme, que fez com que ela superasse as angústias que vinham do seu lado humano. Santa Luzia soube aceitar para si o sacrifício e a dor, devido a grande fé em Jesus que ela tinha em sua alma.
Elevando os nossos olhos a Santa Luzia, somos inundados pela sua luz protetora e pelo aroma das suas virtudes, além de ficarmos paralisados diante ao seu sacrifício.
Podemos pedir, através da sua potente intercessão, para reacender em nós a chama viva do Amor divino, fazer nascer as tênues plantinhas da virtude para reacender a esperança de sermos salvos. Também na dificuldade e nas necessidades podemos recorrer ao seu patrocínio, certos de sermos ajudados.
"Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade". Santa Luzia
Dez conselhos de Bento XVI aos jovens
Conversar diariamente com Deus, ler a Bíblia, ir à Missa aos Domingos, contar as alegrias e penas a Cristo, dar exemplo ou ser útil aos outros: são alguns dos conselhos que o Papa dá aos jovens.
09 de abril de 2006
1) Conversar com Deus
“Algum de vós poderia talvez identificar-se com a descrição que Edith Stein fez da sua própria adolescência, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia: "Tinha perdido consciente e deliberadamente o costume de rezar". Durante estes dias podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, porque sabemos que nos ama e, a quem, por sua vez, queremos amar”.
2) Contar-lhe as penas e alegrias
Abri o vosso coração a Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o "direito de vos falar" durante estes dias. Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine com a sua luz a vossa mente e toque com a sua graça o vosso coração.
3) Não desconfiar de Cristo
“Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, o vosso "sim" ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos hoje o que disse no princípio de meu pontificado: ‘Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. ¡Não! Só com esta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta’. Estai plenamente convencidos: Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.
4) Estar alegres: querer ser santos
“Para além das vocações de consagração especial, está a vocação própria de todo o batizado: também é esta uma vocação que aponta para um ‘alto grau’ da vida cristã ordinária, expressa na santidade. Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria (...). A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente”.
5) Deus: tema de conversa com os amigos
“São tantos os nossos companheiros que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com sucedâneos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhos do amor que se contempla em Cristo. Queridos jovens, a Igreja necessita autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros”.
6) No Domingo, ir à Missa
Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos com isso, vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não somos os que fazemos uma festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós. Com o amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida comece novamente.
7) Demonstrar que Deus não é triste
Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não.
8) Conhecer a fé
Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, a ele. Por isso é tão importante o amor à Sagrada Escritura e, em conseqüência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura.
9) Ajudar: ser útil
Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos olhos se abrem. Não nos conformaremos mais em viver preocupados somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários. Vivendo e atuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros do que preocupar-nos somente com as comodidades que nos são oferecidas. Eu sei que vós, como jovens, aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens, demonstrai-o ao mundo, que espera exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo. Um mundo que, sobretudo mediante o vosso amor, poderá descobrir a estrela que seguimos como crentes.
10) Ler a Bíblia
O segredo para ter um "coração que entenda" é edificar um coração capaz de escutar. Isto é possível meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor. Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo. São Jerônimo observa a este respeito: "O desconhecimento das Escrituras é o desconhecimento de Cristo"
* * *
Em resumo...
Construir a vida sobre Cristo, acolhendo com alegria a palavra e pondo em prática a doutrina: eis aqui, jovens do terceiro milênio, o que deve ser o vosso programa! É urgente que surja uma nova geração de apóstolos enraizados na palavra de Cristo, capazes de responder aos desafios do nosso tempo e dispostos a difundir o Evangelho por toda a parte. Isto é o que o Senhor vos pede, a isto vos convida a Igreja, isto é o que o mundo – ainda que não saiba – espera de vós! E se Jesus vos chama, não tenhais medo de responder-lhe com generosidade, especialmente quando vos propõe segui-lo na vida consagrada ou na vida sacerdotal. Não tenhais medo; confiai n’Ele e não ficareis decepcionados.
BENTO XVI
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Abusos - Missa Gay
Salve Maria Imaculada!
Obs: Isto não é Igreja Católica. Eles podem até acha que são, mas na verdade não são. Neste vídeo podemos ver vários ataques ao Papa.
Estamos vivendo um tempo terrível. Tempo em que a Apostolo São Paulo já mencionava em sua Segunda Epístola a Timóteo: “Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil” (2 Tm 3, 1). E é este tempo difícil em que estão vivendo, onde se questiona as verdades de fé da Igreja Católica, e isto são pessoas que se dizem ser católicas.
Estas pessoas desprovidas do Espírito Santo são os verdadeiros inimigos da Santa Igreja Católica, porque estão dentro da Igreja e questiona a mesma. São pessoas que não aceita a Sã doutrina da Igreja. “Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si” (2 Tm 4, 3).
São pessoas que não aceitam os ensinamentos do Papa e nem escutam a vos da Igreja é bem delas que nos diz o Evangelho: “E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano” (Mt 18, 17).
Não pertence à Igreja quem não está unido com o Papa. Por isto já perguntava São Cipriano: “Confia estar na Igreja, quem abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está fundada a Igreja?” E ainda tem gente que acha que é Católica sendo que na verdade são Cismáticos e heréticos, são como um câncer que quer destruir o corpo de Cristo que é a Igreja.
Para aquelas pessoas que não aceitam o Santo Padre o Papa veja o que nos ensina o Catecismo da Igreja: O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, "é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis" (§ 882). É ele o “Papa” o “principio e fundamento da unidade”, por isto que o “Papa está associado a cada celebração da Eucaristia em que ele é mencionado como sinal e servidor da unidade da Igreja universal” (§ 1369). Sendo assim torno a repetir, Não pertence à Igreja quem está unido com o Papa.
“Não pode ter por Pai no Céu, quem não tem a Igreja por Mãe na Terra” (São Cipriano).
Cardeal Francis Arinze Fala para Liturgistas
Traduzido por: Leonardo Jose Silvestre
1 - Introdução
A Sagrada Eucaristia ocupa um lugar central no culto público da Igreja e na sua vida. Sua celebração deve, então, receber de todos nós a maior atenção. Por essa razão, estou feliz de saber que esta "Gateway Liturgical Conference" está consagrada especialmente para a atenção com a celebração digna da Sagrada Eucarisita, de acordo com a encíclica do Santo Padre, Ecclesia de Eucharistia, e a instrução Redemptionis Sacramentum, da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos. Isso também está no sentido do presente Ano da Eucaristia.
No desenvolvimento do tema atribuído para mim, "Normas Litúrgicas e Piedade Litúrgica", eu tenho a intenção de começar examinando por que devem existir normas litúrgicas, como o que a Igreja acredita e como ela reza estão relacionados, e quem tem autoridade para emitir normas para a liturgia. Este será o momento para explicar claramente o que entendemos por piedade litúrgica. Criatividade é uma questão que surge frequentemente, no que se refere à liturgia. Ela deve ser examinada. O desejo para fazer celebrações litúrgicas interessantes também merece ser analisado.
Algumas pessoas querem introduzir danças na liturgia. A discussão dessa tendência não pode ser evitada. Nós vamos concluir perguntando-nos se a observação das normas litúrgicas é uma chamada para o formalismo ou rubricismo, ou um promotor da fé e da piedade.
2. Razões para Normas Litúrgicas
A sagrada liturgia é um exercício do ofício sacerdotal de Jesus Cristo. É o culto público realizado pelo Corpo Místico de Cristo, pela Cabeça e por Seus membros (cf Sacrosanctum Concilium [SC] 7).
Celebrações litúrgicas possuem alguns elementos que são de instituição divina. Esses são os aspectos mais importantes dos sete sacramentos. Existem elementos que são de instituição eclesial. Ao decidir sobre esses elementos, a Igreja tem um grande cuidado para ser fiel à Sagrada Escritura, para honrar a tradição transmitida através dos séculos, para manifestar sua fé e alegrar-se nela, e para levar todos os fiéis para o culto de Deus, seguindo o exemplo de Cristo, e mostrando amor e serviço para seu próximo. Entre esses dois, podemos falar de um terceiro: aqueles elementos da liturgia que são encontrados desde os primeiros anos em todas ou praticamente todas as grandes tradições litúrgicas e que devem, portanto, retornar pelo menos a um período muito próximo dos apóstolos, e talvez mesmo a Nosso Senhor. O fato de podermos não ter conhecimento certo sobre isso em um dado caso é uma forte razão para evitar inovações ou negligências precipitadas. (cf Varietates Legitimae [VL] 26-27, Instrução Geral para o Missal Romano [IGMR] 397, Liturgiam authenticam [LA] 4-5, Redemptionis Sacramentum [RS] 9)
Celebrações litúrgicas devem ser experiência da fé tradicional que é confessada, celebrada e comunicada, da esperança que é expressada e confirmada, e da caridade que é cantada e vivida.
Como as celebrações litúrgicas são atos públicos realizados em nome da Igreja universal, com o próprio Jesus Cristo como o Sacerdote-Chefe, segue-se que ao longo dos séculos, a Igreja necessariamente desenvolveu normas de acordo com as quais seu culto público é expressado. Normas litúrgicas protegem esse tesouro que é o culto Cristão. Elas manifestam a fé da Igreja, promovem-na, celebram-na e comunicam-na. Elas também manifestam a fé da Igreja como uma família constituída hierarquicamente, uma comunidade de culto, amor e serviço, e um corpo que promove união com Deus e santidade de vida e dá aos pecadores esperança de conversão, perdão e vida nova em Cristo.
Além disso, normas litúrgicas ajudam a proteger a celebração dos mistérios sagrados, especialmente a Sagrada Eucaristia, de serem danificados por adições ou subtrações que danificam a fé e podem, por vezes, até tornar uma celebração sacramental inválida. O povo de Deus tem, assim, celebrações garantidas na linha da fé tradicional da fé Católica e não é deixado à mercê de idéias pessoais, sentimentos, teorias ou idiossincrasias.
O Papa João Paulo II é muito insistente no papel importante das normas relativas à celebração da Eucaristia. "Essas normas são uma expressão concreta da natureza eclesial da Eucaristia; este é seu significado mais profundo. Liturgia nunca é propriedade privada de alguém, seja ele o celebrante ou a comunidade na qual os mistérios são celebrados" (Ecclesia de Eucharistia [EE] 52). O amor à Igreja leva a pessoa a observar essas normas: "Sacerdotes que, com fé, celebram a Missa de acordo com as normas litúrgicas, e a comunidade que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo seu amor à Igreja" (ibid). Nosso respeito pelos mistérios de Cristo nos leva a respeitar essas normas: "A ninguém é permitido aviltar esse mistério confiado a nossas mãos: é demasiado grande para que alguém possa permitir-se tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando seu caráter sagrado nem a sua dimensão universal" (ibid).
3. Lex orandi, lex credendi
Os sacramentos estão ordenados à santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e, por fim, a prestar culto a Deus; como sinais, têm também a função de instruir. Não só supõem a fé, mas também a alimentam, fortificam e exprimem por meio de palavras e coisas, razão pela qual se chamam "sacramentos da fé". (cf SC 59)
A fé da Igreja manifestou-se na forma como a Igreja reza e especialmente em como ela celebra a Sagrada Eucaristia e os outros sacramentos. Existem palavras e conceitos que adquiriram um significado profundo na vida, fé e oração da Igreja ao longo dos séculos. Exemplos são pessoa, trindade, majestade divina, encarnação, paixão, ressurreição, salvação, mérito, graça, intercessão, redenção, pecado, arrependimento, perdão, propiciação, misericórdia, penitência, reconciliação, comunhão e serviço. Existem gestos e posturas que ajudam a expressar o que a Igreja acredita. Exemplos são o Sinal da Cruz, inclinar a cabeça, ajoelhar-se, sentar-se, ouvir e ir em procissão.
"A fé da Igreja é anterior à fé do fiel, que é convidado a aderir a ela. Quando a Igreja celebra os sacramentos, confessa a fé recebida dos apóstolos." (Catecismo da Igreja Católica, 1124). Esse é um argumento forte em favor do grande cuidado na formulação, nos gestos e nas normas das celebrações litúrgicas.
A relação entre a fé da Igreja e sua celebração litúrgica foi encapsulada em um dito antigo, lex orandi, lex credendi (a lei da oração é a lei da fé), ou legem credendi lex statuat supplicandi (deixar a lei da oração determinar a regra da fé). Essa afirmação da fé Católica é creditada a Prosper de Aquitaine, do 5º século (Ep. 8). Ela é citada no Indiculus ou Capítulos Pseudo-Celestinos. O Papa Celestino reinou de 422 a 432 (cf. Ds 246).
A Igreja crê como ela reza. A liturgia é um elemento constitutivo da santa e viva tradição da Igreja (cf. Dei Verbum 8). É por isso que a Igreja não permite ao ministro ou à comunidade modificar ou manipular qualquer sacramental ou mesmo o rito litúrgico geral. "Mesmo a suprema autoridade da Igreja não deve mudar a liturgia arbitrariamente, mas tão somente em obediência à fé e com respeito religioso ao mistério da liturgia" (Catecismo da Igreja Católica, 1125)
A Redemptionis Sacramentum é incisiva nesse ponto: "A mesma Igreja não tem nenhum poderio sobre aquilo que tem sido estabelecido por Cristo, e que constitui a parte imutável da Liturgia. Posto que, caso seja rompido este vínculo que os sacramentos têm com o mesmo Cristo que os tem instituído e com os acontecimentos que a Igreja tem sido fundada, nada seria vantajoso aos fiéis, mas sim poderia ser gravemente danoso. De fato, a sagrada Liturgia está estreitamente ligada com os princípios doutrinais por que o uso de textos e ritos que não têm sido aprovados leva a uma diminuição ou desaparecimento do nexo necessário entre a lex orandi e a lex credendi." (RS 10)
4. Autoridade sobre a Liturgia
As reflexões acima nos levam a perguntar quem tem autoridade sobre a sagrada liturgia. Quem decide sobre os textos, as cerimônias, as normas? Nós não podemos nos dar o luxo de ser vagos nisso.
O Concílio Vaticano Segundo não é ambíguo: "Regular a sagrada Liturgia compete unicamente à autoridade da Igreja, a qual reside na Sé Apostólica e, segundo as normas do direito, no Bispo. Em virtude do poder concedido pelo direito, pertence também às assembléias episcopais territoriais competentes, de vários gêneros, legitimamente constituídas, regular, dentro dos limites estabelecidos, a Liturgia." Então o Concílio adiciona a advertência: "Por isso, ninguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica". (SC 22)
Essas regras não são um sinal de falta de respeito por quem quer que seja. Elas derivam do fato de que a liturgia é uma celebração da Igreja universal. "As orações dirigidas a Deus pelo sacerdote que preside, na pessoa de Cristo, à assembléia, são ditas em nome de todo o Povo santo e de todos os que estão presentes. Os próprios sinais visíveis que a sagrada Liturgia utiliza para simbolizar as realidades invisíveis foram escolhidos por Cristo ou pela Igreja." (SC33)
Dessas considerações segue que uma atitude de "faça por si mesmo" não é aceitável no culto público da Igreja. Ela causa dano ao culto da Igreja e à fé das pessoas. O povo de Deus tem o direito de que a liturgia seja celebrada como a Igreja quer que ela seja (cf RS 12). Os mistérios de Cristo não podem ser celebrados de acordo com gosto ou capricho pessoal. " O 'tesouro' é demasiado grande e precioso para se correr o risco de o empobrecer ou prejudicar com experimentações ou práticas introduzidas sem uma cuidadosa verificação pelas competentes autoridades eclesiásticas" (EE 51).
5. Piedade Litúrgica
Quando nós dizemos piedade, nós pensamos em geral em honra e reverência dada a alguém que é, de alguma forma, responsável por nossa existência e bem estar. Entretanto, a virtude da piedade refere-se, antes de tudo, a Deus, que é nosso criador e constante provedor. Mas nós podemos também falar de piedade para nossos pais, parentes próximos, país, tribo ou povo.
Como uma virtude Cristã, a piedade é um dos dons do Espírito Santo. Ela nos move ao culto de Deus, que é o Pai de todos nós, e também a fazer o bem a outros como reverência a Deus. Com o salmista, nós cantamos: "Como são amáveis as vossas moradas, Senhor dos exércitos! Minha alma desfalecida se consome suspirando pelos átrios do Senhor. Meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo."(Salmo 83(84):2-3). Celebrações litúrgicas tornam-se atraentes para pessoas piedosas. O sino da igreja que toca para a Missa é um som bem-vindo: "Que alegria quando me vieram dizer: 'Vamos subir à casa do Senhor...'.Eis que nossos pés se estacam diante de tuas portas, ó Jerusalém!" (Salmo 121(122):1-2). A alma piedosa tem alegria pura em estar na igreja e mais ainda em juntar-se ao culto divino: "Verdadeiramente, um dia em vossos átrios vale mais que milhares fora deles. Prefiro deter-me no limiar da casa de meu Deus a morar nas tendas dos pecadores." (Salmo 83(84):11)
A piedade litúrgica, como uma bela manifestação de virtude da religião, é ao mesmo tempo um composto de amor a Deus, fé nEle, adoração, respeito, reverência, alegria pura em Seu serviço, e desejo de servi-Lo da melhor forma que pudermos. O espírito da fé e reverência que se mostra, por si próprio, na fiel observância das normas litúrgicas, é mais favorável à promoção da piedade litúrgica.
6. Criatividade nas Celebrações Litúrgicas
Alguém pode perguntar se existe algum espaço para a criatividade na liturgia. A resposta é que existe, mas ela deve ser entendida corretamente.
Antes de tudo, é necessário ter em mente que o culto público da Igreja é algo que recebemos na fé através da Igreja. Não é algo que inventamos. Na verdade, a essência dos sacramentos foi estabelecida pelo próprio Cristo. E os ritos detalhados, incluindo palavras e ações, foram cuidadosamente elaborados, guardados e transmitidos pela Igreja ao longo dos séculos. Portanto, não seria uma atitude própria para um indivíduo ou comitê ficar pensando e planejando a cada semana como inventar uma nova forma de celebrar a Missa.
Além disso, a prioridade na Missa e em outros atos litúrgicos é o culto a Deus. A liturgia não é um campo para auto-expressão, livre criação e demonstração de habilidades pessoais. Idiossincrasias tendem a atrair atenção à pessoa no lugar dos mistérios de Cristo que estão sendo celebrados. Elas também podem perturbar, complicar, molestar, enganar ou confundir os fiéis.
No entanto, também é verdade que as normas litúrgicas permitem alguma flexibilidade. Com referência à ação litúrgica central e mais importante, a Missa, por exemplo, nós podemos falar de três níveis de flexibilidade. Primeiramente, existem no Missal e no Lecionário alguns textos alternativos, ritos, cantos, leituras e bênçãos, a partir das quais o sacerdote pode escolher (cf. IGMR 24, RS 39). Depois, existem escolhas que são de competência do Bispo diocesano ou da Conferência dos Bispos. Exemplos são a regulação da celebração, normas relativas à distribuição da comunhão sob ambas espécies, construção e ordenamento ordenamento de igrejas, traduções e alguns gestos (cf. SC 38, 40; IGMR 387, 390). Algumas dessas alternativas requerem recognitio da Santa Sé. Os mais exigentes níveis de variabilidade dizem respeito à inculturação no sentido mais estrito. Ela envolve ação pela Conferência dos Bispos, após a realização de profundos estudos interdisciplinares e recognitio da Santa Sé.
A Redemptionis Sacramentum é, portanto, capaz de dizer que "se tem dado um amplo espaço a uma adequada liberdade de adaptação, fundamentada sobre o princípio de que toda celebração responda à necessidade, à capacidade, à mentalidade e à índole dos participantes, conforme às faculdades estabelecidas nas normas litúrgicas" (RS 39). A última frase é importante: "conforme às faculdades estabelecidas nas normas litúrgicas". O parágrafo da Redemptionis Sacramentum conclui com uma observação crucial, recordando que "também se deve recordar que a força da ação litúrgica não está na mudança freqüente dos ritos, mas sim, verdadeiramente, em aprofundar na palavra de Deus e no mistério que se celebra". O que as pessoas estão procurando todo Domingo no seu pastor não é uma novidade, mas uma celebração dos sagrados mistérios que nutra a fé, manifeste devoção, desperte piedade, conduza a oração e incite a caridade ativa na vida quotidiana.
7. Tornando a Missa Interessante
Muitos sacerdotes estão preocupados em tornar a celebração da Eucaristia interessante. E eles não estão errados. A Missa não é uma monótona realização de rituais. É uma celebração vital dos mistérios centrais da nossa salvação.
Deve-se tomar cuidado para preparar-se bem para cada celebração. Os textos a serem lidos, cantados ou proclamados devem ser bem estudados em tempo suficiente. As vestimentas e todos os acessórios e mobiliários do altar devem estar em bom estado. As pessoas que exercem as tarefas de sacerdotes celebrantes, servidores de altar, líder de canto, leitores etc. devem estar no seu melhor. A homilia deve dar às pessoas sólido alimento litúrgico, teológico e espiritual. Se tudo isso é feito, a Missa não será monótona.
Mas quando tudo isso é dito e feito, nós temos que voltar ao fato de que a Missa não é para entreter as pessoas. Tal horizontalismo está fora de lugar. As pessoas não vão à Missa para admirar o pregador, ou o coro, ou os leitores. O movimento prioritário ou direção da Missa é vertical, em direção a Deus, não horizontal, um em direção ao outro. O que as pessoas necessitam é uma celebração cheia de fé, uma experiência espiritual que lhes chama a Deus e, portanto, também ao seu próximo. Como um subproduto, tal celebração vai capturar o interesse e a atenção das pessoas.
Também é útil observar que a repetição de fórmulas e símbolos da fé, ou de palavras e gestos familiares, não necessariamente tornam a celebração desinteressante. Isso importa, entretanto, até o ponto no qual essas fórmulas são compreendidas, daí a importância da catequese. Nas nossas vidas diárias, é desinteressante para nós repetir nossos nomes ou os nomes daqueles que amamos? Nós não amamos nosso hino nacional e o cantamos com piedade? Quanto mais quando isso tem a ver com nossa identidade Cristã!
Se ajuda repetir, eu posso lembrar que as celebrações litúrgicas permitem flexibilidade, que pode ser feita de acordo com normas aprovadas. A Redemptionis Sacramentum exorta o Bispo a não asfixiar as opções previstas pelas normas litúrgicas: "o Bispo deve ter sempre presente que não se impeça a liberdade prevista nas normas dos livros litúrgicos, adaptando a celebração, de modo inteligente, seja à igreja, seja ao grupo de fiéis, seja às circunstâncias pastorais, para que todo o rito sagrado universal esteja verdadeiramente acomodado ao caráter dos fiéis". (RS 21) É por essa razão que o Bispo faz bem em não ser tentado a introduzir restrições desnecessárias em sua diocese, como ordenar que apenas uma particular Oração Eucarística seja usada na Missa. A autoridade do Bispo nunca é mais firme do que quando ele a usa para garantir que as normas gerais que salvaguardam a tradição são observadas.
Um conselho geral sobre se a celebração litúrgica é interessante ou não é simplesmente celebrar com fé e devoção e de acordo com as normas aprovadas, e deixar o resto para a graça de Deus e para a cooperação das pessoas com ela.
8. Dança na Liturgia
Algumas pessoas querem introduzir dança na sagrada liturgia. A liturgia do Rito Latino nunca possuiu tal prática. Nós temos, portanto, que perguntar quem quer trazer a dança para comprovar o motivo pelo qual eles querem introduzi-la.
Se nós dizemos que a razão é tornar a Missa interessante, a resposta é aquela que acabamos de considerar. Nós vamos à Missa para cultuar a Deus, não para ver um espetáculo. Nós temos o salão paroquial e o teatro para shows.
Outros podem dizer que é bem-vinda alguma dança para expressar plenamente nossa oração, pois nós somos corpo e alma. A resposta é que a liturgia, de fato, aprecia gestos e posturas corporais, e cuidadosamente incorporou muitos deles, como ficar de pé, ajoelhar, genufletir, cantar e dar o sinal da paz. Mas o Rito Latino não inclui a dança.
Não é fácil para os dançarinos não chamar atenção para si. Apesar de algumas danças muito requintadas em algumas culturas poderem ajudar a elevar a mente, não é verdade que, para muitas pessoas, as danças são uma distração, em vez de ajuda à oração?
Danças facilmente apelam aos sentidos e tendem a insistir na necessidade de aprovação, diversão, desejo de repetição, e à premiação dos artistas com aplausos da platéia. É para experimentar isso que vamos à Missa? Nós não temos teatros e salões paroquiais, presumindo que a dança em questão é aceitável, que podem lugar para elas?
É verdade que em muitas partes da África e da Ásia pode haver um hábito cultural de um gracioso movimento corporal que, com o devido estudo e aprovação da Igreja local, pode ser aceito em uma celebração litúrgica. O rito Etíope possui conhecidos movimentos rítmicos graciosos e procissão para o Evangelho. O Rito Romano da Missa aprovado para a República Democrática do Congo possui movimentos de entrada similares.
Mas isso é muito diferente do que as pessoas na Europa ou América do Norte pensam quando o conceito de dança é evocado. Será que nós podemos culpar as pessoas que associam dança com Sábado à noite, baile, teatro ou, simplesmente, diversão inocente? Os livros litúrgicos aprovados pelos Bispos e pela Santa Sé para a Europa e América do Norte compreensivelmente não autorizam a importação da dança para a igreja, deixando apenas a celebração do Sacrifício Eucarístico. (veja o artigo no boletim oficial da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos: Notitiae 106-107, June-July 1975, pp. 202-205).
9. Formalismo e Ritualismo não são o Objetivo
De tudo o que nós dissemos acima, segue que uma exortação para ser fiel às normas litúrgicas não é um convite para formalismo, ritualismo ou rubricismo. As pessoas não estão sendo convidadas para uma realização de ações externas secas e sem alma. Jesus, nosso Salvador, citando o profeta Isaías, já condenou aqueles que não internalizam no seu espírito os ritos externos que efetuam:
Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim. Vão é o culto que me prestam, porque ensinam preceitos que só vêm dos homens (Mt 15:8-9, Is 29,13).
As celebrações litúrgicas não são primariamente a observação de norma, mas a celebração dos mistérios de Cristo pela Igreja e na Igreja, com fé e amor, e com respeito à tradição. A observação das normas é consequência e fruto da fé e do respeito. Não é o objeto final do culto. É uma qualidade dele.
Além disso, normas litúrgicas não são leis ou regulamentos arbitrários ajuntados para agradar algum historiador, esteticista ou arqueologista. Elas são manifestações do que nós cremos e do que nós recebemos da tradição, da "norma dos santos Padres" (cf. SC20, IGMR 6), das quais as gerações dos nossos predecessores na fé disseram, observaram e celebraram. Para saber que nós estamos fazendo, dizendo, ouvindo e vendo o que milhões de Cristãos fizeram ao redor do mundo por centenas de anos e estão fazendo hoje, devem nos ajudar a entrar em uma participação empenhada e orante. Além disso, pela conformação da nossa pessoa por inteiro a tudo o que a liturgia representa, nós temos que sofrer uma transformação e tornar-nos cada vez mais próximos de Deus.
Oração interior e sacrifício têm prioridade. Daí a importância, nas celebrações litúrgicas, da preparação tranquila, do silêncio, da reflexão, do ouvir e da oração pessoal. "A mera observância externa das normas, como resultado evidente, contraria a essência da sagrada Liturgia, com a que Cristo quer congregar a sua Igreja, e com ela formar 'um só corpo e um só espírito'". (RS5)
Ao mesmo tempo é necessário repetir que o espírito de rejeição de regras e regulamentos, que passariam então a ser considerados como uma violação da própria autonomia, deve ser corrigido. É errado e não razoável manter um espírito de "Ninguém vai dizer o que eu tenho que fazer". Esta seria uma falsa compreensão de liberdade. "Deus nos tem concedido, em Cristo, não uma falsa liberdade para fazer o que queremos, mas sim a liberdade para que possamos realizar o que é digno e justo." (RS 7)
É uma bênção e um privilégio para nós pertencermos à Igreja que, na sua sagrada Liturgia, celebra os mistérios de Cristo e tem Cristo por Si próprio como o Sacerdote Chefe em cada ato litúrgico. Rezemos para a Santíssima Virgem Maria, Mãe do nosso Salvador, para que obtenha para nós uma crescente compreensão das razões para as normas litúrgicas, a disponibilidade para observá-las e a graça de crescer diariamente na piedade litúrgica, amor a Deus e compromisso para amar e servir nosso próximo.
+ Francis Cardinal Arinze
April 8, 2005
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
São Maximiliano Maria Kolbe, ardoroso Amigo da Imaculada
“Gostaria de ser pó, para viajar com o vento e ir a toda parte do mundo a pregar a Boa Nova.”
São Maximiliano Kolbe
Dedicado ao jornalismo católico, ofereceu a vida por um pai de família condenado ao “bunker da fome”. João Paulo II canonizou em 10 de outubro de 1982.
Grande devoto de Maria Imaculada e seu ardoroso apóstolo, Frei Maximiliano foi encarcerado pelos nazistas num campo de concentração, onde deu a vida para ajudar outros a bem morrer.
Plinio Maria Solimeo
São Maximiliano Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1894 em Zdunska Wola (Polônia). Seus pais, Júlio e Mariana Dabrowska, eram pobres artesãos mas lídimos cristãos, devotíssimos da Virgem Maria. No batismo recebeu o nome de Raimundo. Teve quatro irmãos, dois falecidos muito novos.
O pequeno Raimundo era muito vivo e arteiro. Um dia em que a mãe o repreendeu mais veementemente por alguma falta, resolveu mudar de vida. Contará depois: “Nessa noite eu perguntei à Mãe de Deus o que seria de mim. Então Ela apareceu-me com duas coroas, uma branca, outra vermelha. Perguntou-me qual das duas eu escolheria. A branca significava que eu deveria preservar a pureza; e a vermelha, que me tornaria mártir. Escolhi as duas. A partir de então, profunda mudança operou-se em minha vida”.
Em 1907, ele e seu irmão mais velho, Francisco, entraram para o seminário menor dos franciscanos em Lwow, onde recebeu o nome de Maximiliano. Foi depois enviado para o Colégio Seráfico Internacional, em Roma, cursando filosofia na Universidade Gregoriana.
Ao emitir os votos perpétuos em 1914, Maximiliano acrescentou ao seu o nome de Maria.
A caminho do Céu…
O verdadeiro amor: dar a vida por seu amigo
Em fevereiro de 1941, Maximiliano Kolbe no cárcere de Pawiak (círculo)
Em fins de julho de 1941, fugiu um prisioneiro do bloco em que estava Frei Maximiliano. Em punição, o comandante Fritzsch condenou à morte dez prisioneiros.
Um dos dez, Francisco Gajowniczek, começou a chorar desesperado: “Oh, minha pobre mulher, meus pobres filhos, eu não os verei mais!” Frei Maximiliano saiu da formação e se dirigiu ao comandante do campo, seguindo-se este diálogo:
- O que você quer? – perguntou o alemão.
- Quero morrer no lugar de um dos condenados.
- Por quê?
- Porque sou solteiro, e este homem tem esposa e filhos.
- Qual a sua profissão?
- Sou padre católico.
- Aprovado.
Mas a razão dada por Frei Kolbe não era a única, ou talvez nem a principal que o levou a esse ato heróico de caridade. Queria assistir na terrível morte os outros nove prisioneiros. E foi o que fez.
Ele caminhou para o “bunker da fome” entoando sua prece preferida: “Permiti que eu vos louve, ó Virgem Sagrada. [...] Permiti que para Vós e só para Vós eu viva, trabalhe, sofra, me sacrifique e morra. Permiti que eu contribua, cada vez mais e ainda muito mais, para a vossa exaltação”.
Na prisão subterrânea, onde faltava ar, alimento e água, ouviam-se orações, cânticos religiosos, o rosário recitado, o que contagiava os prisioneiros das celas vizinhas. Bruno Borgowiec, prisioneiro que servia de intérprete e auxiliar aos alemães, e que foi testemunha ocular dessa terrível agonia, declarou: “Eu tinha a impressão de estar numa igreja”.
À medida que os prisioneiros se tornavam mais fracos, a oração passava a ser quase murmurada. Entrementes, um após outro iam morrendo, até que ficou só Frei Kolbe. Ele tinha um olhar vivo e penetrante, que seus verdugos não podiam suportar, de maneira que vociferavam: “Olha para o chão, não para nós”. Quinze dias após seu internamento naquele bunker de horror, Frei Kolbe ainda continuava vivo. Foi-lhe então aplicada uma injeção de ácido carbólico na veia, que o matou.
Depois da guerra, jornais de todo o mundo trouxeram artigos sobre o “santo de nossos tempos”, o “gigante na santidade”. Biografias foram escritas, e por toda parte houve testemunhos de curas obtidas por sua intercessão. O que levou à sua beatificação em 1971 e subseqüente canonização em 1982.
E-mail do autor: pmsolimeo@catolicismo.com.br
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Obras consultadas:
Frei Juventino Mlodozeniec, Conheci o bem-aventurado Maximiliano Maria Kolbe – exemplar mimeografado no Jardim da Imaculada, Missão Católica de São Maximiliano Kolbe, Cidade Ocidental, Goiás, 1980.
Pe. José Leite, S.J., S. Maximiliano Maria Kolbe, in Santos de Cada Dia, Editorial A. O., Braga, 1994, vol. II.
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