terça-feira, 27 de dezembro de 2011

São Maximiliano Maria Kolbe, ardoroso Amigo da Imaculada


“Gostaria de ser pó, para viajar com o vento e ir a toda parte do mundo a pregar a Boa Nova.”

São Maximiliano Kolbe



Dedicado ao jornalismo católico, ofereceu a vida por um pai de família condenado ao “bunker da fome”. João Paulo II canonizou em 10 de outubro de 1982.

Grande devoto de Maria Imaculada e seu ardoroso apóstolo, Frei Maximiliano foi encarcerado pelos nazistas num campo de concentração, onde deu a vida para ajudar outros a bem morrer.

Plinio Maria Solimeo

São Maximiliano Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1894 em Zdunska Wola (Polônia). Seus pais, Júlio e Mariana Dabrowska, eram pobres artesãos mas lídimos cristãos, devotíssimos da Virgem Maria. No batismo recebeu o nome de Raimundo. Teve quatro irmãos, dois falecidos muito novos.

O pequeno Raimundo era muito vivo e arteiro. Um dia em que a mãe o repreendeu mais veementemente por alguma falta, resolveu mudar de vida. Contará depois: “Nessa noite eu perguntei à Mãe de Deus o que seria de mim. Então Ela apareceu-me com duas coroas, uma branca, outra vermelha. Perguntou-me qual das duas eu escolheria. A branca significava que eu deveria preservar a pureza; e a vermelha, que me tornaria mártir. Escolhi as duas. A partir de então, profunda mudança operou-se em minha vida”.

Em 1907, ele e seu irmão mais velho, Francisco, entraram para o seminário menor dos franciscanos em Lwow, onde recebeu o nome de Maximiliano. Foi depois enviado para o Colégio Seráfico Internacional, em Roma, cursando filosofia na Universidade Gregoriana.

Ao emitir os votos perpétuos em 1914, Maximiliano acrescentou ao seu o nome de Maria.

A caminho do Céu…

O verdadeiro amor: dar a vida por seu amigo

Em fevereiro de 1941, Maximiliano Kolbe no cárcere de Pawiak (círculo)

Em fins de julho de 1941, fugiu um prisioneiro do bloco em que estava Frei Maximiliano. Em punição, o comandante Fritzsch condenou à morte dez prisioneiros.

Um dos dez, Francisco Gajowniczek, começou a chorar desesperado: “Oh, minha pobre mulher, meus pobres filhos, eu não os verei mais!” Frei Maximiliano saiu da formação e se dirigiu ao comandante do campo, seguindo-se este diálogo:

- O que você quer? – perguntou o alemão.

- Quero morrer no lugar de um dos condenados.

- Por quê?

- Porque sou solteiro, e este homem tem esposa e filhos.

- Qual a sua profissão?

- Sou padre católico.

- Aprovado.

Mas a razão dada por Frei Kolbe não era a única, ou talvez nem a principal que o levou a esse ato heróico de caridade. Queria assistir na terrível morte os outros nove prisioneiros. E foi o que fez.

Ele caminhou para o “bunker da fome” entoando sua prece preferida: “Permiti que eu vos louve, ó Virgem Sagrada. [...] Permiti que para Vós e só para Vós eu viva, trabalhe, sofra, me sacrifique e morra. Permiti que eu contribua, cada vez mais e ainda muito mais, para a vossa exaltação”.

Na prisão subterrânea, onde faltava ar, alimento e água, ouviam-se orações, cânticos religiosos, o rosário recitado, o que contagiava os prisioneiros das celas vizinhas. Bruno Borgowiec, prisioneiro que servia de intérprete e auxiliar aos alemães, e que foi testemunha ocular dessa terrível agonia, declarou: “Eu tinha a impressão de estar numa igreja”.

À medida que os prisioneiros se tornavam mais fracos, a oração passava a ser quase murmurada. Entrementes, um após outro iam morrendo, até que ficou só Frei Kolbe. Ele tinha um olhar vivo e penetrante, que seus verdugos não podiam suportar, de maneira que vociferavam: “Olha para o chão, não para nós”. Quinze dias após seu internamento naquele bunker de horror, Frei Kolbe ainda continuava vivo. Foi-lhe então aplicada uma injeção de ácido carbólico na veia, que o matou.

Depois da guerra, jornais de todo o mundo trouxeram artigos sobre o “santo de nossos tempos”, o “gigante na santidade”. Biografias foram escritas, e por toda parte houve testemunhos de curas obtidas por sua intercessão. O que levou à sua beatificação em 1971 e subseqüente canonização em 1982.

E-mail do autor: pmsolimeo@catolicismo.com.br

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Obras consultadas:

Frei Juventino Mlodozeniec, Conheci o bem-aventurado Maximiliano Maria Kolbe – exemplar mimeografado no Jardim da Imaculada, Missão Católica de São Maximiliano Kolbe, Cidade Ocidental, Goiás, 1980.

Pe. José Leite, S.J., S. Maximiliano Maria Kolbe, in Santos de Cada Dia, Editorial A. O., Braga, 1994, vol. II.

Grifos nossos. Acesse e conheça a vida deste ardoroso Amigo da Virgem Maria:

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